Entrou em Jerusalém recebido pela multidão, entre aclamações, hossanas e ramos de palmeira.
Não tardou a ser traído pelo falso amigo que O beijou, em troca de 30 dinheiros.
Foi levado até Pilatos que, para não se comprometer, lavou as mãos e deixou-se levar pela opinião dominante.
Foi,injustamente, humilhado, escarnecido, insultado e negado por aqueles que O seguiam.
Condenaram-No à morte mais ignóbil.
Ainda ousou pedir ao Pai que afastasse de Si esse Cálix de dor mas, assumiu a radicalidade generosa de se deixar morrer para que fôssemos melhores, pela Redenção do Mundo!
Dizem, alguns, que a História acaba aqui.
Porém... já lá vão mais de 2000 anos e continua actual, repetida no corpo e na alma de tantos, iguais a nós, vítimas dos Pilatos, dos poderosos e das opiniões dominantes. Cristos de hoje!
Páscoa, festa da passagem da Morte à Vida, da escuridão à Luz! Ressurreição! Vitória do Ser sobre o ter.
Em qual das personagens deste drama se encaixa cada um de nós?
Como necessitamos de renascer, de ressurgir na Confiança, na Solidariedade, na humildade da nossa pequenez.
Então, reconhecer-nos-emos como irmãos e seremos Imortais!
segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Dia Mundial da Poesia
Agora
Abre-te, primavera!
Tenho um poema à espera
Do teu sorriso.
Um poema indeciso
Entre a coragem e a covardia
Um poema de lírica alegria
Refreada,
A temer ser tardia
E ser antecipada.
Dantes, nascias
Quando eu te anunciava.
Cantava,
E ao meu canto acontecias
Como o tempo depois te confirmava.
Cada verso era a flor que prometias
No futuro sonhado...
Agora, a lei é outra: principias,
E só então eu canto confiado.
Miguel Torga
Diário X
Abre-te, primavera!
Tenho um poema à espera
Do teu sorriso.
Um poema indeciso
Entre a coragem e a covardia
Um poema de lírica alegria
Refreada,
A temer ser tardia
E ser antecipada.
Dantes, nascias
Quando eu te anunciava.
Cantava,
E ao meu canto acontecias
Como o tempo depois te confirmava.
Cada verso era a flor que prometias
No futuro sonhado...
Agora, a lei é outra: principias,
E só então eu canto confiado.
Miguel Torga
Diário X
segunda-feira, 15 de março de 2010
Tributo à Meiguice
Surge, inesperadamente, nas nossas vidas.
Comunica o seu prazer de viver, numa canção ronronada.
Inteligente, vence as nossas arrelias, pela brandura de um afago ou de um pulo, até ao colo.
Impõe-se, pela ternura de um olhar-esmeralda.
Faz-nos esquecer o nome que lhe demos, pela beleza que apresenta, pela doçura que nos dá.
Chama-se Silvestre, Polinho mas... era Loiro.
...Loiro, como o sol do meio-dia, neste mês de Março!
Era!...
... Um gato (apenas?) lindo... bom...inesquecível!
Comunica o seu prazer de viver, numa canção ronronada.
Inteligente, vence as nossas arrelias, pela brandura de um afago ou de um pulo, até ao colo.
Impõe-se, pela ternura de um olhar-esmeralda.
Faz-nos esquecer o nome que lhe demos, pela beleza que apresenta, pela doçura que nos dá.
Chama-se Silvestre, Polinho mas... era Loiro.
...Loiro, como o sol do meio-dia, neste mês de Março!
Era!...
... Um gato (apenas?) lindo... bom...inesquecível!
terça-feira, 2 de março de 2010
Saudade
Sucedem-se os dias e as noites também.
Ouço a música de uma brisa
Que do Norte sempre vem.
Só não sei se alguém precisa, como eu,
De Minha Mãe!
Dos meus olhos caem lágrimas
Do meu peito sai saudade.
Minhas mãos que estendo ao Espaço
Não encontram seu Abraço...
...É tão longe a Eternidade!
Contudo, Mãe Adorada,
Numa espera curta ou longa,
Quero crer que o teu Viver, noutra Vida se prolonga
E, por nós, Lá, vai velando!
...Mesmo se eu não for rezando!...
Ouço a música de uma brisa
Que do Norte sempre vem.
Só não sei se alguém precisa, como eu,
De Minha Mãe!
Dos meus olhos caem lágrimas
Do meu peito sai saudade.
Minhas mãos que estendo ao Espaço
Não encontram seu Abraço...
...É tão longe a Eternidade!
Contudo, Mãe Adorada,
Numa espera curta ou longa,
Quero crer que o teu Viver, noutra Vida se prolonga
E, por nós, Lá, vai velando!
...Mesmo se eu não for rezando!...
Subscrever:
Mensagens (Atom)