terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tempos...

Há dias, pensei tirar da caixa o relógio de pulso que costumo usar em dias mais especiais. Reparei que não trabalhava e fiquei contente por ter tempo de o levar a trocar de pilha.
Quando me deu jeito de o juntar a outros recados, enfiei-o na bolsa e só o olhei em frente do balcão da relojoaria.
Cumprimentei o senhor, que retirou o seu óculo aumentativo, largou a observação que estava a fazer e veio ao meu encontro, enquanto eu retirava o reloginho da carteira.
Um baque no peito me soou como se fora o bater das horas certas. O homem reparou na minha hesitação e eu expliquei.
- Trazia o relógio para mudar a pilha mas acho que me enganei. É que, afinal, ele está certo.
Eu tinha olhado os relógios de parede, expostos a trabalhar, prestes a fazerem soar as 11h da manhã. Olhara de soslaio o mostrador do meu relógio e ele marcava exactamente, 11horas.
O relojoeiro apressou-se a analisar e retirou-me as dúvidas. Era mesmo preciso mudar de pilha.
Falámos do tempo e do seu efeito sobre todos nós, dos achaques e limitações que são fruto do tempo que por nós vai passando.
Rimos, pela coincidência porque afinal, até um relógio avariado acerta sempre duas vezes por dia!
E agora, é tempo de registar, ainda, este tempo maravilhoso que o dia de hoje nos oferece por cá, sol brilhante de verão, fora de tempo, em pleno outono que nos delicia no engano.

3 comentários:

  1. Que lindo...as desculpas que arranjas para te meteres com o relojoeiro...às 11h...:)

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  2. :D e romântico! dava um bom argumento para filme!

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  3. Vejo-me grega, convosco. Vocês é que merecem ser filmados!
    Hoje, perdoo-vos. Estou contente. O "relógio" acertou na hora...duas vezes!

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