Hoje, sabe-nos a boca a "papéis de música", (ditado popular que significa a dor da ressaca)!...
Enquanto o meu espírito procura meditar nas análises de técnicos ou vedetas e naquelas que se ouvem, em redor, emitidas pelo cidadão mais douto na matéria, tento descortinar, para mim própria, o quanto o futebol e a sua envolvência nos povos, retrata e espelha o pulsar do desenvolvimento sociológico do mundo.
Depois da façanha dos 7 a 0, chegou-nos a "depressão", outra vez!!!
Nós, que gostamos tanto de nos sentirmos "alegretes" mesmo continuando "pobretes," vivemos agora o drama de carpir o desfecho desta "viagem" dos "Navegadores", incapazes de fazer esquecer o tal das Tormentas que, às vezes, rebaptizamos de "Boa Esperança!
É tempo de cairmos na realidade da nossa "tanga" e promovermos novos "Gamas" levando-os a saber respeitar o hino que escutam, cantando-o ou não, a valorizar as paixões que despertam, a dignificar as mordomias que lhes emprestam pelo lugar de topo que lhes é facultado.
Para tanta planificação, importa dar-lhes a beber chá. Aquele "chá" que se toma em pequenino: o chá da persistência, do esforço, da união incondicional, da simplicidade e dos bons modos, do anti-vedetismo, do saber perder perante os que se revelam mais batalhadores. Enfim, o chá da boa educação.
A todos nós, resta-nos aprender a não deitar foguetes antes da festa e, neste caso, aceitar que os espanhóis nos derrotaram não por um golo irregular mas sim, porque a nossa equipa esteve "fora de jogo".
As lágrimas do Eduardo são também as lágrimas dos anónimos portugueses que tanto lutam e tão pouco alcançam mas que acreditam e procuram a "Boa Esperança"!
Só por isso, vale a pena citar o Poeta:
"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!..."
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