terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Lusitana a "todo o gás" ou a saga de quem se vê grega

11h. Chego à "vila das Canseiras" c/ o almocinho já pronto não vá a demora estender-se ao longo da tarde, penso.
Meio-dia e dez. Ei-los que chegam. Vá lá, para quem marcou às 11h 30, não está mal, atendendo ao facto de aparecerem 4 dias antes de se completarem 10 meses, após a realização do contrato da obra.
Dois velhos esperançados, observam a sapiência técnica e deliciam-se c/ a chama tão azul que o estafadinho fogão há tanto tempo não apresentava. Óptimo, penso eu, qual gata babada perante a posta do peixe!
Chega o sábio técnico c/ a ferramenta certificadora. Tudo fechado. Teste ao monóxido.
Instala-se a perplexidade perante a sentença do instrumento. Somos obrigados a sair para que tudo areje. Ultimato: Se até às 16h não "abrir pulmão", fica s/ gás (nem mesmo o anterior) e só ligaremos quando apresentarem provas de alteração do sistema.
Que podem fazer 2 velhos, tão desorientados?
A solução só pode ser o recurso ao irmão S.O. S.
Chegou "socorro" e promessa de resolução mas, o relógio continua o tic-tac e nada. O tempo expira. Novo pedido de socorro ao S.O.S. Novo pedido ao socorrista.
A obra do vizinho termina. O certificador vai embora. Antes, afirmo-lhe que estamos a resolver o prob., que não tarda. Nada. Só quando houver alteração, se fará nova certificação. Chegam também os técnicos porque se cumpriu o horário marcado. Com as minhas orelhas caídas, explico que a solução vem a caminho, não tardará (como duvido).
Condescendentes, os homens prometem esperar, um pouco.
Alivio a minha alma ao ver surgir, a tempo, o socorro prometido. Nem mesmo assim desarmam. Avisam que continuarão à espera até que as condições estejam como desejam.
Chuvisca e anoitece. Cá dentro de mim, uma explosão de fúria mal contida vai-se desvanecendo, receosa de ver "fugir o pássaro" que tenho na mão. O tal da maquineta entra sem ser chamado, pede que enfiem o chapéu no cano e faz novas medições. Tremo. Alivio.
Se quiser ficar com gás, ficará s/ exaustor. De outro modo, não.
Aceito. As medições já cumprem a lei. Os trabalhadores da boa vontade completam o serviço no telhado e até limpam o algeroz.
Depois de tanta espera, depois de tanta ansiedade e das queixas por nos sentirmos ultrapassados na vez e no direito ao progresso, ainda tivémos tamanho sufoco!
Sem dúvida que vivemos na Lusitânia.
É necessário ter Amigos.
A saga continuará. Há monstros no Castelo e aqui, em redor. É preciso saber vencê-los!
Conto com o meu Irmão S.O.S.!

6 comentários:

  1. Credo, que saga! Mas há forno ou não há forno?!

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  2. Forno, ainda não experimentei mas bicos estão óptimos. Até o que não acendia ficou a trabalhar bem. Deduzo que haja forno. Amanhã hei-de verificar. Só não temos exaustor.
    Foi um dia stressante demais.
    Detesto técnicos seja do que for.

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  3. Coitados dos homens! Havias de ver o que é um dia stressante, qualquer dia trocamos! Ou não :)

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  4. Admito que tens razão! Talvez, eu, esteja a ser demasiado rigorosa mas só agora, que já tudo passou. Bolas!Se fora há 30 anos, vá lá.
    Dou um doce a quem souber decifrar o meu significado de S.O.S.

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  5. Eu até tentava, mas ainda tenho aqui o Toblerone....

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  6. Se a questão é só essa, troco por um salgadinho.

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