quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Como toiro, em plena arena

Um dia, fizeram-me acreditar nos Homens, numa Europa Unida e prometeram-me que haveria de me sentir europeia de pleno direito, com acesso a um mundo novo, de partilha e de solidariedade fraternas.
Nos tempos que correm, ando com cara de país periférico.
De manhã à noite, ouço avisos de poupança, alertas de crise e recessão a fazer lembrar "outroras", que julgava adormecidos, para sempre.
Há pânico nas bolsas, dizem.
Ser-se velho é ser capaz de não se deixar espantar com aumentos no gás ou na luz, com perdão às dívidas de milhões, com penalização a quem vai pagando o sonho de ter a sua casa, nem sequer com a implementação de "pseudo-modernos" moldes de escravatura humana. Porém, esta que ouvi de haver hesitações em subir o IVA do golfe e das touradas, quando tudo o que é essencial e básico sofre aumentos impiedosos, parece-me intolerável e mexe com a minha costela a favor dos toiros.
Sinto a fúria deles ao sair do curro, para gáudio da esperteza dos parolos.

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