segunda-feira, 30 de abril de 2012

Grande amiga

EDP, querida amiga:
Recebi a tua carta e fiquei muito feliz. Ainda há quem pragueje e te chame nomes feios!!!
Confesso que abri a missiva sem exprimir nenhum sinal de prazer ou curiosidade pelo seu conteúdo mas, confesso também que, fiquei surpreendida e agradada com a boa nova tão inesperada, quanto valiosa.
Pois é. A culpa da crise não será de ti, já que me contemplas com tamanha benesse. Não será de outros como tu, do teu tamanho. De mim também não é, com certeza.
Quem sabe até, se no final, não ficarei de olhos em bico, por dever a simpatia a qualquer bondoso chinês.
Confesso-te. Tenho um gato que adoro, chamado Chinês, tão doce, tão meiguinho, obediente, bondoso também, embora seja grande o rol das tropelias que lhe posso atribuir.
Na verdade, querida EDP, o meu felino ensinou-me há muito que não devo confiar nele, cegamente, nem  no seu ronronar, nem tão pouco, no seu aparente distraído dormitar. Quando menos espero, recebo arranhadela ou o seu inesperado "pular a cerca".
Já li a informação das letras miudinhas.
"As tarifas reguladas de venda de energia eléctrica a clientes com consumos em Baixa Tensão Normal vão ser extintas, ficando a respectiva venda submetida ao regime de preços livres".
Aceito a devolução dos 56 cêntimos a que (dizes) tenho direito. Vou gastar um dinheirão para receber esta verba. O meu tempo também vale dinheiro mas, vá lá.  Ficarei muito grata e preparada, psicologicamente, para novos aumentos que vislumbro por aí, a curto prazo.

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