quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Feliz Ano Novo
Entardeço também eu, no desengano que a vida traz...
Nesta Madrugada,
Há risos e vivas, há choro e há luz.
Há não e há sim, há luta e há cruz,
Há guerra e há Paz,
Numa labuta, em nós, em ti e em mim.
Há sons e há tons de grande prazer pelo Reviver,
Há povos, há povo, em Esperança, saudando,
Feliz Ano Novo!
Bem vindo 2011!
Traz contigo um Mundo Melhor,
Partilhado por todos,
Em Igualdade e Amor.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Lembranças de Natal
Na pequena montanha formada pela alva farinha, abria espaço para adicionar a raspa e o sumo das laranjas, os ovos, o fermento... e, à medida que a água morna tornava a mistura mais elástica, o meu fascínio aumentava na mesma proporção em que aumentava, também, o vigor com que a Mãe batia a massa.
Depois, era deixá-la a descansar coberta com pano forte, que envolvia todo o alguidar. Era preciso proporcionar à massa um ambiente aquecido, para que levedasse, para que crescesse. Crescia também em mim, a expectativa!...
Já noite fechada, o aroma da fritura envolvia toda a casa. A mãe ia colocando cada filhós num prato coberto com papel pardo para que a absorção do azeite fosse maior. Por entre uma colherada de massa no óleo fervente da frigideira ou depois de retirada uma dose das loiras "filhoses", já fritas, era a vez de as envolver em açúcar misturado com canela. E como eu gostava de colaborar nesse envolvimento. Como sabia bem aquele perfume tão apetitoso, tão desejado de ser saboreado!
- Não se podem provar quentes. Dizia a Mãe.
A tarefa terminava quando na travessa surgia uma montanha deliciosamente loira, a fazer crescer água na boca.
A Mãe lavava tudo e, já depois do jantar provávamos, enfim, as fofas e doces filhós.
Chegava a hora de deitar e, nova curiosidade se impunha, na luta contra o sono que, teimosamente ia chegando, indiferente à especial magia de cada Noite de Natal.
- Pronto! A travessa fica em cima da mesa. Se esta noite o Menino Jesus descer pela chaminé e deixar alguma prenda nos sapatinhos, pode provar uma filhós, dizia a Mãe.
Então, era procurar debaixo da cama, o sapato que parecesse mais adequado para receber as surpresas e, com jeitinho, colocá-lo no canto da chaminé, já lavada, sem rasto da trabalheira que as "filhoses" davam a fazer.
Mal dormidos, ainda madrugada, saltávamos da cama na busca do que nos calhara. Que prazer era pegar um brinquedo colorido ou um singelo embrulhinho e correr com eles até à cama dos pais, risonhos, cúmplices da nossa ingenuidade. Recordo. Eram bombons redondinhos ou um pequeno chapelinho de chocolate da "Regina", (embrulhados em "pratinhas" coloridas que depois se alisavam, com a unha, cautelosamente, para servirem nas brincadeiras futuras), rebuçados em dose um pouco mais avantajada que em qualquer outra época do ano, às vezes uma boneca de cartão, um carrinho de lata colorida para o mano e, numa vez... um "tarapo" vermelho que a Mãe adivinhou ter ficado, ignorado, no sapato.
Preciosa prenda, presente sublime, tricotado malha a malha pelas mãos de Minha Mãe!
Tricotando em nós os seus Valores, a Mãe lembráva-nos, então, como éramos privilegiados porque havia, de certeza, crianças no mundo que não tinham recebido nada.
Eu pensava que não devia ser bem assim mas...
...Ainda agora, sei de meninos sem sapatos, sem presentes, sem Natal, ignorados por cada um de nós, como se fossem "tarapo".
sábado, 18 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Quando falta a Luz
Então, num assumo de humilde reflexão, menos brava, já, vieram-me à memória outros tempos quando essas básicas funcionalidades que tanto reclamei, agora, eram executadas com a maior normalidade, à custa de tantos sacrifícios pessoais.
E, se se ousava pensar no despontar de uma nova necessidade, como era ponderada cada decisão, sujeita que estava ao recurso que o magro orçamento familiar iria possibilitando.
E, como era lenta a chegada de cada pequena comodidade sonhada por tanto tempo!
Recordo, como se fora hoje quando, ainda criança, chegou a electricidade à nossa casa. Lembro-me, até, da figura do electricista andando por lá a estender os fios, colocando interruptores, pendurando os pequenos abajours, cada um deles recheado com a respectiva lâmpada. E, quando a obra terminou, recordo... a sensação única que foi viver, já noite, a magia do 1º clique na cozinha e sentir aquela explosão de luz intensa, tão diferente do mortiço candeeiro a petróleo. Que alegria! Foi como se aquele pequeno espaço tivesse triplicado a sua área e trouxesse à miúda que eu era, aquilo que , hoje, eu descreveria como um mar de Luz!
Recordo... a chegada lá a casa, da 1ª telefonia. Por entre relatos de futebol nas tardes de domingo, teatro infantil, radiofónico, da Madalena Patacho, notícias, música e canções, tantas horas de prazer, sonho e criatividade me proporcionou essa janela aberta ao mundo!
Recordo... a substituição do ferro de engomar, com brasas, pelo 1º ferro eléctrico "Rowenta" comprado a prestações semanais ao vendedor ambulante que ganhava a vida calcorreando as aldeias com o "chamariz da modernidade", facilitadora no desempenho das tarefas.
Recordo... lembro, tantas limitações e esforço por coisas que agora são "nadas" e fazem parte do trivial mais comum de todos nós. Foram essas vivências que fizeram de mim aquilo que sou. Não recordo com saudade. Lembro, apenas, tanto obscurantismo, tanto isolamento, tantos sacrifícios como aqueles que já vivi e conheci noutros iguais, para que nunca mais falhe a Luz!
Quero Luz, na minha casa.
Quero Luz, na minha terra.
Quero Luz, no meu País.
E... que ninguém me diga que sou impertinente.
Quero que haja o direito à Luz, já, para mim e para todos.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Aurora boreal
Tenho quarenta janelas |
domingo, 28 de novembro de 2010
Campanha do Banco Alimentar contra a fome
A adesão dos portugueses "no primeiro dia foi muito impressionante", contou à Lusa a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet.
(in jornal i)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Broooas, tão boas!
O seu aroma enche-nos a casa e o coração;
O seu colorido lembra-nos a Beleza;
O tanto que nos falam ecoa nos nossos ouvidos;
Saboreamo-las e alimentam-nos a própria identidade.
Estas, como é costume, também ficaram deliciosas e preenchem todos os nossos sentidos!
sábado, 13 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
"Vês o teu povo, vês o Mundo todo"
Nesta semana, o meu povo ficou atordoado, como atordoado anda o meu país, o mundo todo.
Já não bastava roubarem-nos os bolsos, os sonhos, os empregos. Agora, até Deus é roubado e levado dentro do Seu Sacrário, por ladrões.
Quando nem a porta da nossa pequena igreja, quase escondida num canto deste país, escapa à perícia da ladroagem, é como se uma parte da nossa própria identidade nos seja, também, arrancada.
Cobiça por uma peça de arte sacra, recentemente restaurada? Crendice obscurantista? Fome de dinheiro fácil? Fanatismo intolerante?
Seja qual for o motivo de tão repugnante acto, ele é demonstrativo da fragilidade da nossa sociedade e da ausência de valores que deveriam pautar a nossa breve existência, por aqui .
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Fábulas, corrupção, denúncias e mails
"Venho, por este meio, denunciar um safado de um gatarrão que aprendeu a seduzir os pobres ratinhos do monte, prometendo-lhes um naco de queijo e levando-os a ir roer os sacos do moleiro só para que, à saída do moinho, os inocentes sarafanos lhe sirvam de pitéu.
É preciso investigar e aplicar justiça, rapidamente, a bem de toda a comunidade de ratos, ratinhos e ratazanas.
Eu não gosto nada de gatos. Este de que falo, é manhoso e já me arranhou uma vez. Por isso, faço esta denúncia!
Assinado: Anónimo"
Grande avanço civilizacional.
Ah! Ah! Ah! Bolas!
Cuidem-se, felinos!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és, é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
domingo, 7 de novembro de 2010
Visitas! Tão bom!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Vivaldi-Concerto RV293 "L'Autunno"3/3-Biondi-Europa Galante
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
2 de Novembro
No peito trago a saudade.
Minhas mãos que estendo ao Espaço
Não encontram teu Abraço.
É tão longe a Eternidade!
Contudo, Mãe Adorada,
Numa espera curta ou longa,
Quero crer que o teu Viver
Noutra Vida se prolonga
E, por nós, Lá vai velando...
Mesmo se eu não for rezando.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Resgate dos mineiros no chile
Enquanto, por um lado, as "grandes potências" investem em armamento e prendem por delito de opinião, os Grandes Homens e Mulheres dirigem a sua Inteligência e todo o seu Esforço, no salvamento dos seus irmãos!
Tão bela lição de solidariedade que o Mundo vê, em directo!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Para mim?... Para mim!....
A moça parece velha, incapaz de acreditar numa boa surpresa, incapaz de identificar uma presença vinda de longe, a tornar-se próxima num gesto inesperado, imprevisto, impensável!
A moça está velha. Sem saber como, perdeu a juventude, a memória, os sonhos. Contempla as próprias mazelas e queda-se na "curva do Casimiro" receosa, temendo galgar os "calços do carreiro" que, outrora, soubera ultrapassar.
Porém, um Grande Amigo imaginou-a a sorrir, perplexa. Quis dizer-lhe, lá de longe, que não se deixe ficar envolta em marasmo, rotinas e desistências. Afinal, continua a ser preciso "palmilhar a Califórnia," como dantes. Hoje, são tantos e tão jovens os que já descobriram isso mesmo e seguem, avançando, determinadamente.
Mas... a moça está mesmo velha e foi preciso acordá-la e pô-la frente ao espelho.
O efeito foi positivo. Um abanão psicológico a demonstrar-lhe que é sempre tempo de partilhar uma atenção, uma Presença incondicional, um porque sim.
:)
A mensagem carinhosa não será esquecida. Ficará guardada como sinal de partida para "a corrida dos coxos" que, banindo relatividades diárias, tem por meta o sorriso, o canto, o gargalhar e a busca dos pequenos/grandes detalhes da Vida.
Como Augusto Cury, também ela dirá:
"Alguém me ofereceu uma dose de loucura para libertar a criatividade."
...
Vá-se a velha! Fica a moça na vontade de aproveitar o resto do seu tempo!
"Acautele-se" quem a soube surpreender porque, num recado agradecido, já ela lhe reclama mais sorrisos, mais alentos!
sábado, 2 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Socooooooooooooorro!...
Estão mexeeeendo no meu bolso.
Tanta água, metida nos tanques dos submarinos!!!...
PECado 1; PECado 2; PECado 3!...............
Pecadoooores, vão para onde?
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Inseguranças
- Sabes, a solução era morrer.
Retive a frase, olhei-os e disse-lhes:
- Os meninos da vossa idade não devem dizer essa frase. Devem dizer: a solução é viver e com alegria.
Perguntei-lhes de seguida:
- Precisam de alguma coisa?
Um deles respondeu:
- Só queria que a minha mãe viesse agora. Estou cheio de sede.
Perguntei-lhes se queriam que fosse ali ao café da esquina pagar-lhes uma água.
De imediato, os dois pareceram embaraçados, dizendo em uníssono que não. Que não precisavam de nada. Ao notar a sua reacção, sempre a caminhar enquanto nos íamos afastando dali, disse-lhes que não tivessem medo de mim. Eu até tinha sido professora. Agora, é que já não era. Um deles, incrédulo e em tom interrogativo, respondeu: - professora? E, zás , toca de caminharem rua acima, mais lestos, sem olharem para trás.
Só entrei no carro depois de os ver virar a esquina e fiquei a pensar no tamanho do fosso que a desconfiança e o medo podem gerar na sociedade actual, sobretudo nos mais novos.
Calculo, agora, que um deles teria a mãe a trabalhar naquele banco fechado mas o certo é que ninguém se abeirou, vindo lá de dentro.
Como é preocupante ouvir dois garotos discorrerem seja do que for, pensando na morte como solução.
É preocupante o efeito causado pelo martelar de notícias "tipo casa-pia" e outros similares mas, também, o estar avisado para os riscos é verdadeiramente necessário.
É preocupante a mudança que a sociedade de hoje nos revela e os abismos que constrói.
É PRECISO, FAZ-NOS FALTA, comunicação, diálogo, confiança, boa-fé, segurança!
sábado, 25 de setembro de 2010
Verso e reverso
P... prostração, promessas, pedincha, pagamentos, papão...
O... obscurantismo, orçamento, ordenadinhos...
R... rascas, remendos, resultadinhos, resinguices...
T... tostões, temporários, tédio...
U... umbigo, últimos, ultimato...
G... gastos, ganância, gozo, gregos...
A... analfabetismo, autismo, anónimos...
L... lascismo, lavagens, lapsos, lata, lerdos, lérias, letras, lassidão, lesar, lastimar, lapidar...
PORTUGAL...no seu Melhor:
P... Produzir, Perseverar, Poder, Perceber, Profícuo...
O... Orientação, Orgulho, Ordenados, Opinião, Orçamento...
R... Responsabilidade, Resiliência, Recompensa...
T... Talento, Trabalho, Tenacidade...
U... Universalidade, União, Unidade...
G... Gostar, Garantir, Ganhar...
A... Audácia, Arrojo, Aventura...
L... Labor, Ler, Lavrar, LIBERDADE...
sábado, 18 de setembro de 2010
As novas escolas só não têm terra para jogar ao berlinde - Portugal - DN
...Eis o retrato de muitos dos "pequenos pormenores" que contribuem para o meu cepticismo nesta modernidade toda.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Regresso à escola
Recordo!...
Recordo tantos inícios de ano, o 1º dia de tantos!... As birras de uns, as lágrimas silenciosas, mal contidas de outros, os risos ou os modos "sem modos" dos mais extrovertidos, a timidez de outros quantos, a serenidade dos mais afoites ou mais esclarecidos sobre a nova etapa da sua vida, a alegria de todos na descoberta desse novo mundo ou na saída e no reencontro com os familiares!
Recordo... a enorme ansiedade ou as expectativas de tantas mães-galinhas, aquele comovente 1º dia em que um pai, viúvo, se vê entre mães, a levar a filha à escola, pela 1ª vez. Recordo, até, a chegada do D., o único menino que me apareceu, sozinho, de botas a rir e cédula na mão para se matricular. Já era(infelizmente) um "Homenzinho" formado e marcado na Vida.
Recordo tanta insensibilidade e indiferença dos políticos da época. Tantas dificuldades no reconhecimento da prioridade que deve merecer a Escola para todos. Então, ainda não tinham descoberto como os meninos são "via privilegiada" para alcançar os votos dos pais. Agora, até a dádiva de mais trinta cêntimos na comparticipação da despesa dos livros justifica o destaque noticioso nos media!...
Recordo essa magia do recomeçar o Ano Novo em pleno renascer do Outono, sem mega-agrupamentos, sem Magalhães ou até com pouco giz para o quadro mas sempre com motivação e empenho como se fora a 1ª vez, em cada uma dessas vezes.
Era o "ajeitar na grelha de partida". Era a corrida da descoberta do Futuro.
Hoje, cá de longe, apetece-me dizer aos meninos da nova "Escola Nova" que... o segredo é gostar. O segredo é estudar. Tudo o resto, virá por acréscimo.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
De rastos, na busca de um rasto
A mãe do puto nunca o levou à tal consulta de psicologia que lhe foi aconselhada, em tempos. Faltavam os 35 euros.
O puto não sabe ler, deseja ter computador mas as coisas têm que se comprar à medida das posses.
Em casa, o puto tem comidinha. O puto é meigo mas sai, só para se juntar às más companhias.
O puto já levou porrada do pai e não serviu de nada.
Os polícias até são amigos da mãe do puto mas ninguém dá rumo. Segurança social, nada. Tribunal, nada.
O puto precisa dum colégio capaz de lhe encaminhar os passos. Em casa, não há esperanças, nem soluções. À mãe do puto custa-lhe essa ideia mas custa mais ver o descaminho e o seu grito sem eco.
Os irmãos do puto nunca foram como ele.
A mãe do puto tem dúvidas. E se o recurso à notícia no jornal vai ser motivo para o puto se desencaminhar, ainda mais? Eles dizem que tal pretensão "é só para fazer andar o tribunal"... mas...
Afinal, o puto ainda só tem 14 anos. Talvez não seja, ainda, um caso perdido.
Que puto de país é este para quem a formação dos jovens não é a prioridade de todos nós?
Que puto de país é o meu, onde o povo só espera o milagre de um apoio quando expõe a sua dor, em praça pública, nos jornais ou na tv?
Vai uma pessoa mandar limpar a lama do carro porque incomoda e traz consigo o desassossego de tanto lamaçal que deixa tantos indiferentes e tanto custa a varrer da alma.
Talvez seja isso: o mandar "lavar", o "deixar de fazer", o "esperar que alguém faça"...
Afinal, também eu só consegui responder ao caso com um voto de Boa Sorte, para o puto.
Triste país onde o Futuro se atola na presunção e indiferença de todos nós, deixando no lodo a juventude que lhe serve de garante.
Numa manhã de Abril, sonhei um "Rasto de Rumo" que se me perde agora, no olhar!
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Cá está ele, outra vez...
Quebrando toda a aparente serenidade citadina, um ronco de motor desvia o meu olhar na direcção da mata que a cidade tão pouco valoriza. Emergindo do arvoredo iluminado, surge-me aos olhos o tal helicóptero. Aquele que, bastas vezes, me tem sido dado ouvir e observar nas suas idas e vindas, tristemente necessárias.
Alguém, no hospital, justifica tal viagem. Alguém é transportado até ao adaptado heliporto e levado para qualquer um dos grandes hospitais da capital.
Ainda o pisca-pisca do heli se avistava no negrume do céu e já os holofotes da mata se desligavam como se a vida rotineira se impusesse àquela urgência de socorro.
E, tão poucos se dão conta disso, de cada vez que acontece.
Fechei a janela, fui dormir dando razão à relatividade com que devo olhar os meus pequenos-grandes problemas.
Agora mesmo, meio da tarde, voltei a debruçar-me na mesma varanda, não já para apreciar pontinhos luminosos mas sim, o calor do sol que foi capaz de vencer os chuviscos da manhã.
Gozando uma quietude a que nem sempre dou importância, novo ronco de motor volta a despertar a minha atenção.
Lá vem ele! Desta vez, observo o seu poisar, o seu silenciar...
Outro alguém precisa de cuidados mais urgentes.
Como sempre, nunca consigo ficar indiferente às movimentações deste helicóptero de serviço hospitalar e já dei por ele a todas as horas do dia ou da noite.
Diz-me a experiência do que já observei tantas vezes, que demorará ainda um bom pedaço até se elevar nos céus e partir, outra vez, rumo ao sul.
Diz-me a Vida que demorará até que eu saiba ser grata a todo o meu bem-estar e às coisas pequeninas de que disfruto e que tão pouco sei apreciar comigo própria!...
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Fogo, Bebé!
De repente, qual fagulha de lume que atravessa rios e montanhas para se espraiar mais longe, os média revelam-nos o jogador sensação do momento.
Viveu, desde os 10 anos na Casa do Gaiato, representou Portugal no Mundial de futebol dos sem abrigo. Chegou a Guimarães, Berço da Pátria mas, dizem os entendidos, o seu talento já não cabe em "cama pequenina". Hoje, é destaque porque o Manchester United o contratou.
Fogo, Bebé!
Com jovens assim, Portugal poderá brilhar sem recurso a incêndios criminosos. Não te deixes envolver no fogo fáctuo da fama. Não te percas no caminho e revela-te Homem Brilhante como brilhante se augura o teu futuro.
Quem adivinharia o rumo deste Bebé, no negrume da sua infância!...
A Vida é isto. Uma surpresa que nos pode maravilhar, constantemente. Saibamos, nós, pôr a render o talento que nos foi predestinado.
domingo, 8 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
A Rádio
Também eu tenho memórias da rádio, esse meio de comunicação fantástico, capaz de chegar à minha vida desde menina e que, ainda agora, escuto com gosto.
Enquanto me vou identificando com muitas das referências que estão a ser evocadas, vem-me à memória o dia em que meu pai colocou sobre a mesa da cozinha aquela maravilhosa telefonia "Schaub" (acho que era esta a sua marca) . Ligou-a à ficha da luz que teria chegado a nossa casa há pouco tempo ainda e, num breve mas longo hiato de tempo, esperámos que as válvulas "aquecessem" até ao momento em que " se abriu a torneira" daquela moderna descoberta.
Desde então, acho que nunca mais me desliguei de tão surpreendente modo de "voar".
Recordo o suporte na parede que meu pai inventou para que o "aparelho" estivesse sempre à mão e ao ouvido, sem estorvar, sem se estragar, a jeito de ser ligado, por um deles. Sim, porque a princípio, não era permitido aos garotos ligar ou mexer nos botões, sem autorização dos pais. E, como era apetecível transgredir essa regra! Outros tempos.
Recordo o naperon que minha mãe colocava sobre a telefonia, com duas funções: decorar e proteger do pó, para que não se estragasse aquele pequeno-grande luxo.
Recordo a sedução com que escutava o programa infantil da produção de Maria Madalena Patacho. Lembro-me, até, da música do genérico que me prendia quieta, imaginando cenários, a meu modo. Acho que me deixava absorver tal como vejo, hoje, os miúdos diante dos desenhos animados da tv.
Recordo "os serões para trabalhadores", ao sábado, verdadeiros espectáculos para quem não tinha modo de aceder a outro tipo de concertos musicais.
Recordo as tardes de domingo, com os relatos de futebol que, por magia, faziam meu pai actualizar as horas de sono perdidas durante a semana, nos árduos dias de trabalho. Recordo a arrelia de minha mãe ao ouvir aquelas grandes e prolongadas "explosões" de "gooooooooolo" , desligando o aparelho à sucapa e, assim, acordando meu pai imediatamente, da "soneca profunda" de que parecia atacado.
Recordo o transistor que recebi de presente e o prazer com que escutava os diálogos de domingo com os d`Eça Leal ou os Parodiantes de Lisboa, etc, etc.
Recordo...recordo, tanto.
Recordo essa manhã de Abril quando, ao bater das 7 h, busco na rádio "imagens" duma Revolução ainda por decifrar, procuro notícias que sosseguem minha mãe que adivinhava meu irmão, imerso, no âmago desse Acontecimento.
Há tanto da rádio que faz parte de mim!
Hoje, acordei com a rádio a festejar os seus 75 anos. Hoje, desejo adormecer com a rádio tal como fiz ontem e espero voltar a fazer amanhã.
Obrigada, Rádio Pública Portuguesa, presença sempre disponível, a distribuir companhia.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Aventuras
Ando baralhada ou talvez me sinta, apenas, a marchar com o meu pé coxo, a caminho dum futuro que já me cheira a velho.
Desde o berço, me ensinaram que só o esforço e o mérito justificam e premeiam a conquista.
Hoje, descubro modernidades que me encantam e outras que me fazem reflectir e discordar delas, até à náusea.
Alçada no pedestal do poder e distante da realidade, a Ministra da Educação "descobre a pólvora" para o sucesso deste país se tornar "doutorado a 100%".
Acabam os chumbos!
Assim, sem mais, como se poderia decretar acabar com a fome, lançando pães do alto das muralhas, tal qual fez Deuladeu Martins.
Facilitar tudo a meninos e jovens só pode criar a ilusão de que a própria vida se conquista sem esforço, sem necessidade de mérito pessoal, só com benesses caídas do céu ou exigidas com birra, sem respeito pelo trabalho de uns quantos.
Até que, também eu, tenho pena que não seja assim!... Se não vejam:
Agora, ando na descoberta das "novas tecnologias", confiante na minha auto-estima imune a chumbos. Posso dizer aos verdadeiros conhecedores das mesmas (alguns, tanto me têm ajudado, nelas) que também já não sou , nem serei, uma info-excluída e me sinto aprovada nesta área.
...Contudo, ainda há pouco, não fui capaz de gravar, reproduzir e partilhar, as fotos dum momento que desejava registar... e as perdi.
Chumbo?
Haja quem se atreva a dizer-me que devo chumbar nesta matéria.
Arrasarei o prof. mais diligente!...
domingo, 1 de agosto de 2010
Excerpt of the "Ninth Symphony" / Excerto da "Nona Sinfonia"
No fim, pude agradecer àquela família a oportunidade de viver um serão inesquecível!
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Verão...
domingo, 25 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Lula da Silva
Acabo de ver na tv, um Presidente emocionado, limpando as lágrimas ao falar da felicidade proporcionada à comissão representante dos desfavorecidos que recebera no palácio presidencial, para tratar da sua integração social e profissional.
Para além da alegria de verem ser-lhes reconhecida a própria cidadania, entrar naquele lugar foi, para cada um deles, a maior das honras, jamais sonhada.
Grande Lula! Grande exemplo de dignidade! Postura só de Grandes Homens e Prestigiados Dirigentes.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Quando o sol não é para todos
Ontem, este Oeste passou todo o dia "atrás do sol posto". Cá por mim, nem os trapitos consegui enxugar. Passei o dia a barafustar com as nuvens, com a humidade, com o vento, com o tempo que dizem ser de Verão!... Nem os gatos quiseram a rua.
Depois, depois, foi querer-me "ver grega" com os 39º da Grécia e que descascam quem lá mora, foram as risadas de quem fugiu a esta penúria de sol ao saber que, por aqui, tínhamos clima londrino!...
Crise até no astro-rei! Só comparável às bolsas dos oestinos e outros portugas ou então, é um caso de discriminação racial que merece o meu mais veemente protesto.
Hoje, ao amanhecer, pensei que tinha sido ansiosa e reclamante demais e que teria garantido o sorriso solarengo dos céus. Nada!
Temos um pouquinho mais de brilho mas o vento, as nuvens... Talvez seja Primavera.
Ó Sol, até tu já não chegas para todos!!!
Adenda ao comentário anterior: São pouco mais de 22h e...chove no Oeste!
Alterações climáticas significativas e preocupantes. De quem será a culpa?
domingo, 18 de julho de 2010
92 anos!
Pelo seu aniversário, pelo seu carisma, pelo sorriso pacificador que revelou ao Mundo na hora da libertação, pela sua enorme capacidade de saber perdoar, pela grandiosidade do seu exemplo de vida na luta contra a discriminação e pobreza!
A ONU instituiu, a partir de hoje, o Dia Internacional Nelson Mandela.
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Honra aos vencidos!
Afinal, vencedor foi só um. Com mérito (que o diga a selecção portuguesa), com capacidade de união de um povo a fazer inveja às diligências desenvolvidas pelos doutos políticos!
Afinal, através do fenómeno futebol é tão fácil que as multidões sintam a felicidade do triunfo, a chama do sucesso ainda que, de per si, cada um dos seus elementos saiba bem o quanto é efémero e difícil atingir-se o topo, a glória!
Porém, o que é o topo? O que é a glória?
Olho a festa colectiva e vem-me à ideia a imagem que construí sobre os duelos da Antiguidade, no Coliseu de Roma!...
O Homem sabe pouco sobre o seu desenvolvimento pessoal mas sabe que tem necessidade de celebrar vitórias que o ajudem a carregar o fardo do seu dia a dia. Sente-se mais forte vivendo um espírito gregário, no sofrimento ou na alegria. Assim, em conjunto, disfarçam-se as fragilidades individuais.
É preciso aprendermos a valorizar as nossas próprias derrotas. É preciso lembrarmos, com humildade, o papel dos vencidos na construção das nossas próprias vitórias. Eles, os derrotados, foram participantes indispensáveis da vitória a celebrar e estão, por direito próprio, ao nível dos vencedores.
Por tudo isto, é que me sinto bem quando vejo um suplente levantar o queixo ao choroso guarda-redes, quando vejo a ajuda no erguer do desolado, quando olho o abraço consolador ao treinador derrotado, quando vejo uma mão negra e outra mão branca, na entrega do troféu.
Parabéns, Holanda! Hoje, embora não pareça, ainda há muitos mais "holandeses" que "espanhóis". Saibamos descobrir essa realidade no momento festivo.
Talvez que, na próxima edição, eu "me veja grega" para vos aplaudir como justos campeões!
...É que, no fim de contas, cada um de nós tem direito ao seu próprio sonho!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Utopia ou talvez não
Como seria bom que as palavras "preconceito", "guerra", "xenofobia" "desigualdade" e outras que tais, pudessem ser riscadas do mundo através de gestos como estes!...
sexta-feira, 2 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
"Papéis de música"
Enquanto o meu espírito procura meditar nas análises de técnicos ou vedetas e naquelas que se ouvem, em redor, emitidas pelo cidadão mais douto na matéria, tento descortinar, para mim própria, o quanto o futebol e a sua envolvência nos povos, retrata e espelha o pulsar do desenvolvimento sociológico do mundo.
Depois da façanha dos 7 a 0, chegou-nos a "depressão", outra vez!!!
Nós, que gostamos tanto de nos sentirmos "alegretes" mesmo continuando "pobretes," vivemos agora o drama de carpir o desfecho desta "viagem" dos "Navegadores", incapazes de fazer esquecer o tal das Tormentas que, às vezes, rebaptizamos de "Boa Esperança!
É tempo de cairmos na realidade da nossa "tanga" e promovermos novos "Gamas" levando-os a saber respeitar o hino que escutam, cantando-o ou não, a valorizar as paixões que despertam, a dignificar as mordomias que lhes emprestam pelo lugar de topo que lhes é facultado.
Para tanta planificação, importa dar-lhes a beber chá. Aquele "chá" que se toma em pequenino: o chá da persistência, do esforço, da união incondicional, da simplicidade e dos bons modos, do anti-vedetismo, do saber perder perante os que se revelam mais batalhadores. Enfim, o chá da boa educação.
A todos nós, resta-nos aprender a não deitar foguetes antes da festa e, neste caso, aceitar que os espanhóis nos derrotaram não por um golo irregular mas sim, porque a nossa equipa esteve "fora de jogo".
As lágrimas do Eduardo são também as lágrimas dos anónimos portugueses que tanto lutam e tão pouco alcançam mas que acreditam e procuram a "Boa Esperança"!
Só por isso, vale a pena citar o Poeta:
"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!..."
sábado, 26 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Taditos!
sexta-feira, 18 de junho de 2010
José Saramago
Nasceu no seio da pobreza, viveu as dificuldades de muitos do seu tempo, de muitos deste nosso tempo (ainda) mas impôs-se pela firmeza do seu querer, pelas convicções polémicas ou não que assumiu, pela busca do saber ler, saber escrever.
São estas as formas de desenvolvimento humano que devemos cultivar a par do respeito pelo outro e pelas suas ideias, pela valorização do esforço de cada um, pela criação de condições de igualdade de oportunidades, acessíveis a todos, pelo carácter que nos caracteriza.
Em tempo de crise de valores, de cortes na educação, de falta de confiança no futuro, convém meditarmos no conceito de cultura que nos é proposto diariamente.
José Saramago é exemplo concreto de que o sonho é possível!
É possível vencermos todas as formas de cegueira que continuam a perseguir-nos.
domingo, 13 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Sucesso escolar, o que é?
Ouvi a sra Ministra da Educação falar da preocupação em atender aos superiores interesses das crianças no que se refere às alterações previstas no Ensino Básico.
Ouvi, hoje, o sr 1º Ministro dizer na Assembleia da República que os agrupamentos em centros escolares são também medidas de contenção e fico, ainda, mais confusa.
Sempre o dinheiro ou a sua falta, a sujeitar os mais indefesos da sociedade aos sacrifícios resultantes da incúria de lideranças incompetentes.
Sempre o Ensino Básico a ser cobaia das políticas de dirigentes experimentalistas.
Não sei se a sra Ministra alguma vez viveu, "uma aventura... a caminho da escola". Eu já. E de muitos modos.
Obrigar crianças de meia dúzia de anos a deslocações diárias "em latas andantes" é o mesmo que buscar a escola a "butes", como se fazia no século passado. É crueldade disfarçada de progresso. É condenar o gosto do saber, logo à nascença. É decretar que o pequeno que se dá mal nos carros, aquele a quem dói a barriga ou se sente, de repente, cheio de febre, seja obrigado a cumprir os horários de retorno a casa no final do dia, em vez de aguardar uns minutos pela chegada da mãe, da avó ou até da vizinha que lhe preparam o "chá do mimo" a que tem direito, é correr riscos nas viagens constantes.
Sujeitaria, sra Ministra,um seu filho ou um seu neto pequeno, às deslocações constantes que as novas hipóteses de usufruto da escola pública propõem para o interior do nosso país, em dias de neve ou calor abrasador?
Não haverá forma mais atractiva de evitar a desertificação do nosso Portugal interior ou de atrair até essas zonas, alguns dos que se "atropelam" no litoral?
Então, só o sucesso das estatísticas é determinante na avaliação do desenvolvimento pessoal das nossas crianças?
Afastando a escola facilita-se mais o interesse dos pais no acompanhamento da vida escolar dos filhos? Não creio.
Sem pensar em dinheiro, sugiro que se inverta o plano. Possibilite-se a pesquisa da vida e não o cansaço de a ter de descobrir, em esforço de cada dia, pela razão do local do berço, ser o menos favorecido.
Possibilite-se a geminação das turmas das grandes escolas com as de fraca frequência calendarizando entre elas, ocasionais deslocações de alunos e envolvendo nessas recepções os pais e a comunidade local, numa troca de saberes e vivências que são o maior património do nosso povo.
Como seria agradável a uns, visitar meninos que conhecem galinhas para além das do supermercado, que sabem plantar a couve e acompanham o crescimento das plantas, que correm nas ruas sem trânsito, que vêem e ouvem o riacho a correr, que conhecem adágios, lengalengas e cantigas populares, etc, etc.
Como seria melhor para os outros, os do interior, dito atrasado, serem recebidos como visita e partilhar, da "balbúrdia de um grande rancho", da dita "evolução urbana", do tal progresso que, actualmente, até rouba tantos empregos aos pais e aperta o cinto às escolas dos filhos. E, depois, sim, depois, visitar museus, bibliotecas, monumentos e dissertar sobre tudo. Contar, comparar e citar. Em computador ou de lápis na mão.
Assim, parecia-me que se combateria a solidão dos grupos e se promoveria a noção de Pátria Comum, promovia-se a partilha do conhecimento, a solidariedade e o desenvolvimento harmónico de todas as zonas do nosso Portugal e das suas gentes, sem "ilhas de modernidade".
Apenas um detalhe. Seria mais difícil concretizar a redução do número de professores e prescindir da sua opinião relativamente a alterações estruturais do sistema educativo!...
terça-feira, 1 de junho de 2010
Aqui me tens, professor
Olhar aberto ao mundo,
Mãos pequenas
Com ânsia de voar,
Algibeiras de ilusão, vontade louca
De aprender, de brincar.
Trago comigo a sacola dos sonhos,
A força que existe num ser a despertar.
Trago comigo uma constante sede
De Ternura e Amor,
O direito à "Viagem", sem parar.
Em ti,
Quero encontrar
A calma azul do mar por explorar,
O doce vigor que salta as barreiras da idade.
Abre de par em par
As "portas", as "janelas".
Faz dos meus passos eco dos anseios da infância que foi tua.
Deixa-me pintar o cenário da Esperança onde vou viver.
Deixa-me pular,
Sorrir, cantar, correr.
DEIXA-ME SER CRIANÇA!
(Glória Balula)
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Contrastes
Sobre o futuro, Bento XVI disse que "a fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude; indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida; pede o abandono, cheio de confiança nas mãos do Amor que sustenta o mundo".
Não tardou que, logo a seguir, outro "de S. Bento" proclama em fingida contrição, que não quer desiludir ninguém mas vai ter de nos apertar o cinto, a bolsa, os gastos, o pescoço; pede o abandono de alguns dos nossos trocos, o corte de ordenado a conta-gotas, para colocarmos nas mãos dos responsáveis da crise a solução do futuro, na emergência de termos de sustentar o euro.
Prefiro o impacto e a dimensão espiritual da 1ª Mensagem. Ela faz parte da minha identidade, ajuda a caminhar na busca do Belo e da Perfeição, promove a Solidariedade e a Consciência Fraterna. Mesmo que nada consiga, sabe melhor viver sob tal Lema.
...E, que o meu espírito cristão me ajude a crer que os trocos que vou partilhar, vão ser bem aplicados e contribuirão para "esse milagre de sustentação monetária"!....
sábado, 8 de maio de 2010
Mãe
Com o meu silêncio, quero dizer-te o quanto reconheço a tua Grandeza!
Continua a guiar-nos a todos, por favor!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Hoje
... Contudo, escuto as notícias e fico ansiosa, de coração apertado.
Vejo o regredir da Esperança mas é preciso acreditar no Futuro.
...Apenas...
... Atena... S...
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Janela entreaberta
Não escondo quanto está, ainda, limitada e vazia esta "maquineta" de tecnologia que tanto me custa a entender.
Já consigo sentir um ar de liberdade, uma réstia de conhecimento, uma sensação de companhia, mesmo que virtual.
E tudo isto, só com a "janela" entreaberta e pouco funcionante.
Sim, admito a minha dependência. Como aconteceu, não sei!
Porém, foi um prazer ter dedicado mais tempo à leitura e ter "devorado" dois livros numa tarde sem net, como já não fazia há muito tempo.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
STOP
Rasgámos as portas do Universo;
Construímos pontes a ligar os Pontos;
Ultrapassámos as aves na sua capacidade de voar;
Inventámos formas de vencer os nossos medos;
Acreditamos na força do nosso Querer!
E...depois...
Vêm as cinzas dum vulcão alterar tantos planos e programas deixando-nos, apenas, a liberdade de voar em pensamento!
terça-feira, 13 de abril de 2010
subst. f. melga
1-insecto que pica
ser picado pelas melgas
2-pessoa maçadora
Ele (ela) é uma melga!
in, The Free Dictionary
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Mentiras, tecnologias ou eu é que sou a burra...
- "Vão meter autocarros na Foz, para atravessar a Lagoa. Sim, vão meter autocarros na Lagoa!"
Quem estava na fila não pôde deixar de sorrir e o homem continuou, até que alguém, do lado de cá, lhe lembrou:
-Hoje é o dia das mentiras. Não acredite nisso.
O homem, porém, satisfeito, continua:
- "Realmente, está uma pessoa aqui a fazer figuras de maluco a falar com um auricular e ninguém acredita!
-É verdade. A senhora não sabe como está a Lagoa? Até já lá andam a fazer um aterro!"
Quem se atreve a desmentir, mais uma vez? Rimos para dentro.
Talvez a Gazeta das Caldas, hoje responsável pela notícia, daqui a uma semana, confirme ou desminta a opinião pública que se rege por tudo o que os "media" capricham em anunciar.
Quanto a mim, já duvido que não vá encontrar estes dois amigos, de auricular, a relatarem a 1ª travessia num autocarro anfíbio, que o dia 1 de Abril encomendou para a nossa moribunda Lagoa!!!
segunda-feira, 29 de março de 2010
Páscoa, Semana Maior!
Não tardou a ser traído pelo falso amigo que O beijou, em troca de 30 dinheiros.
Foi levado até Pilatos que, para não se comprometer, lavou as mãos e deixou-se levar pela opinião dominante.
Foi,injustamente, humilhado, escarnecido, insultado e negado por aqueles que O seguiam.
Condenaram-No à morte mais ignóbil.
Ainda ousou pedir ao Pai que afastasse de Si esse Cálix de dor mas, assumiu a radicalidade generosa de se deixar morrer para que fôssemos melhores, pela Redenção do Mundo!
Dizem, alguns, que a História acaba aqui.
Porém... já lá vão mais de 2000 anos e continua actual, repetida no corpo e na alma de tantos, iguais a nós, vítimas dos Pilatos, dos poderosos e das opiniões dominantes. Cristos de hoje!
Páscoa, festa da passagem da Morte à Vida, da escuridão à Luz! Ressurreição! Vitória do Ser sobre o ter.
Em qual das personagens deste drama se encaixa cada um de nós?
Como necessitamos de renascer, de ressurgir na Confiança, na Solidariedade, na humildade da nossa pequenez.
Então, reconhecer-nos-emos como irmãos e seremos Imortais!
domingo, 21 de março de 2010
Dia Mundial da Poesia
Abre-te, primavera!
Tenho um poema à espera
Do teu sorriso.
Um poema indeciso
Entre a coragem e a covardia
Um poema de lírica alegria
Refreada,
A temer ser tardia
E ser antecipada.
Dantes, nascias
Quando eu te anunciava.
Cantava,
E ao meu canto acontecias
Como o tempo depois te confirmava.
Cada verso era a flor que prometias
No futuro sonhado...
Agora, a lei é outra: principias,
E só então eu canto confiado.
Miguel Torga
Diário X
segunda-feira, 15 de março de 2010
Tributo à Meiguice
Comunica o seu prazer de viver, numa canção ronronada.
Inteligente, vence as nossas arrelias, pela brandura de um afago ou de um pulo, até ao colo.
Impõe-se, pela ternura de um olhar-esmeralda.
Faz-nos esquecer o nome que lhe demos, pela beleza que apresenta, pela doçura que nos dá.
Chama-se Silvestre, Polinho mas... era Loiro.
...Loiro, como o sol do meio-dia, neste mês de Março!
Era!...
... Um gato (apenas?) lindo... bom...inesquecível!
terça-feira, 2 de março de 2010
Saudade
Ouço a música de uma brisa
Que do Norte sempre vem.
Só não sei se alguém precisa, como eu,
De Minha Mãe!
Dos meus olhos caem lágrimas
Do meu peito sai saudade.
Minhas mãos que estendo ao Espaço
Não encontram seu Abraço...
...É tão longe a Eternidade!
Contudo, Mãe Adorada,
Numa espera curta ou longa,
Quero crer que o teu Viver, noutra Vida se prolonga
E, por nós, Lá, vai velando!
...Mesmo se eu não for rezando!...
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Fome, Fé e Fingimento
- Hoje, não tenho nada.
De seguida, afirmou:
- Olhe, tenho isto.
E deu-lhe um pacote que parecia conter duas fatias de pão, tostado.
Então, aquela mulher seguiu até à mesa do topo, repleta de outras mulheres. Era alta, de cabelo grisalho, vestida com sobriedade q.b. Aparentemente, nada a distinguiria de qualquer pessoa inserida na sociedade em que vivemos. Porém, depressa a minha atenção se fixou nela. Apercebi-me da demora junto daquela mesa, assim de pé, olhando o grupo. Não percebi se falara. Deu para entender a reacção pseudo-indiferente, incómoda, que estava a provocar.
Desvaneceram-se-me as dúvidas quando alguém , com maior à vontade, indicou:
- Vá à Câmara. Eles, lá, atendem.
A mulher afastou-se até à mesa do canto. Ouvi de lá:
-Tenha paciência. Também tenho o marido doente.
Chegou, então, a minha vez. Eu estava só naquela mesa, prestes a levantar-me, já servida e de conta paga. Olhei, quando se aproximou de mim. Notei que deveria ser um pouco mais velha do que eu ou talvez não e ela falou-me.
Não entendi, de imediato, o que dissera mas, esclarecida pelo que tinha observado, perguntei.
- Quer um copo de leite?
Num português só entendido pela repetição da pergunta e da mesma resposta, percebi:
-Hoje, é sexta-feira. Não come carne, leite, ovos.
Fez-se luz e dúvida no meu espírito. Será que esta cristã ou muçulmana sobrepõe a sua fé à sua fome?
Apresentei-lhe uma alternativa porque acreditei que tivesse, mesmo, fome.
-Quer um pão com manteiga?
-Sim.
Levantei-me, paguei o pão e entreguei-lho metido num saco de papel, pela funcionária. Ela não o comeu ali. Enfiou as duas dádivas no saco de mão que trazia.
Eu saí incomodada. Ela ainda ficou, de pé. Afinal, eu fizera o mesmo que todo aquele naco de sociedade. Não enviei à Câmara, não quis saber/resolver as causas que levam alguém até ao gesto de estender a mão, pedindo algo. Apenas, só, minimizei "caritativamente"o momento. Ainda agora, aquela mulher se impõe na minha consciência.
Já é tarde. Faço uma pausa no registo deste facto vivido, logo de manhã. Releio o que escrevi e...entretanto, devo ter "passado pelas brasas".
Ao despertar, de novo, os meus olhos pesam. Sinto como se nos meus ouvidos soasse o gargalhar sarcástico e irónico do "mafarrico Morfeu", desejoso duma noite bem dormida, sem pesos na consciência nem inquietações:
-Não sejas Toninha! Aquilo foi tudo fingimento. Forma fácil de obter dinheiro.
Fome. Fé. Fingimento.
Sim. Há fome duma Nova Humanidade, sem desconfianças, sem xenofobia, sem medos. Com Fé na justiça social e no respeito pelos direitos e deveres de cada cidadão.
Há fome de Homens e Mulheres, sinceros, autênticos, sem fingimentos nem indiferenças!
Quem de nós todos, reserva para si mesmo o que falta a tantos outros?
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Estrondo!
Deve ser o desmantelar das bombas ETA.
Tristes das gentes que só conseguem dialogar destes modos!
Paz e Amor, precisa-se.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Como se fosse na cama,
invejo a sorte que é tua
porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Fernando Pessoa
Janeiro de 1931
Poemas são como gatos
Se aninham,
Roçam suas pernas,
Ronronam,
Altivos,
Aquecem o coração,
Embalam os sonhos,
Acalentam a alma.
Poemas são como os gatos.
Tomam de assalto
Num salto,
Sua vida.
(Há quem não goste de gatos
Nem de poemas. Que pena)
S.C.O.
in, Sergio´s Multiply Site
domingo, 31 de janeiro de 2010
Grande 31!
Sem pretensões de me alongar em considerações históricas (não vá o sapateiro além da sua chinela) hoje, é outro dia muito significativo, também para mim!
...Quero apenas registar o meu próprio "êxito" porque me safei, muito bem, dum "31" que muito boa gente pensaria estar fora do alcance das minhas competências!
...E esta, hem?
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Herói
...
O herói será tipicamente guiado por ideais nobres e altruístas - liberdade, fraternidade, sacrifício, coragem, justiça, moral, paz."
(in, Wikipédia, A enclicipédia livre)
...
...Eu tenho um HERÓI, que adoro!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
Um ponto de vista
Janeiro, dia 8, ano de 2009. A Assembleia da República Portuguesa aprova a Lei que admite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Quero assinalar o reconhecimento dos direitos de cidadania deste grupo social, minoritário.
Admito as limitações de análise coerente e reserva mental de todos quantos, como eu, já ultrapassaram meio século de vida, conscientes da s/ própria existência formatada em padrões e valores culturais, totalmente diversos. Confesso que faço um esforço na tentativa de coerência relativamente à minha habitual posição de combate a todas as situações de desigualdade e discriminação e às alterações de relação humana e social que esta lei me parece vir a possibilitar.
Aceito as diligências destes grupos no que se refere ao reconhecimento das suas reivindicações por parte do poder político. Reconheço o seu direito à liberdade de escolha diferente e a força do seu lobby.
Não compreendo como é que grupos empenhados na ruptura dos padrões de vida tradicionais, acabam por cair em "encenações e cerimónias", fotocópias das celebrações convencionais.
Reconheço, neste caso, o empenhamento político na "reposição do direito à individualidade" destas pessoas.
Pergunto: Para quando o "mover montanhas", com a mesma determinação política, no combate à desigualdade de direitos existente para com doentes/deficientes, idosos, desempregados, crianças maltratadas/institucionalizadas, homens/mulheres?
Para quando o envolvimento franco e efectivo da "sociedade civil e política" no combate total da pobreza, no Mundo?
Para quando a criação de condições de promoção do direito indiscutível à Educação para todos, como forma de desenvolvimento dos povos?
E a possibilidade de justiça e saúde iguais para todos? Quem assume essa causa?
Para quando o o envolvimento de todos os poderosos e anónimos cidadãos na desconstrução das guerras considerando " matéria prioritária", em cada programa de governo, em cada país, a construção da Paz?
Enquanto a hipocrisia promover, apenas, os jogos de interesses oportunistas ou de fachada, são de somenos importância estas "pinceladas" de tolerância e abertura, num contexto mundial, nacional e local, actualmente, tão complexo e indefinido.
A meu ver, as prioridades são outras. Não entendo o ênfase e a pressa desta aprovação de Lei.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Lusitana a "todo o gás" ou a saga de quem se vê grega
Meio-dia e dez. Ei-los que chegam. Vá lá, para quem marcou às 11h 30, não está mal, atendendo ao facto de aparecerem 4 dias antes de se completarem 10 meses, após a realização do contrato da obra.
Dois velhos esperançados, observam a sapiência técnica e deliciam-se c/ a chama tão azul que o estafadinho fogão há tanto tempo não apresentava. Óptimo, penso eu, qual gata babada perante a posta do peixe!
Chega o sábio técnico c/ a ferramenta certificadora. Tudo fechado. Teste ao monóxido.
Instala-se a perplexidade perante a sentença do instrumento. Somos obrigados a sair para que tudo areje. Ultimato: Se até às 16h não "abrir pulmão", fica s/ gás (nem mesmo o anterior) e só ligaremos quando apresentarem provas de alteração do sistema.
Que podem fazer 2 velhos, tão desorientados?
A solução só pode ser o recurso ao irmão S.O. S.
Chegou "socorro" e promessa de resolução mas, o relógio continua o tic-tac e nada. O tempo expira. Novo pedido de socorro ao S.O.S. Novo pedido ao socorrista.
A obra do vizinho termina. O certificador vai embora. Antes, afirmo-lhe que estamos a resolver o prob., que não tarda. Nada. Só quando houver alteração, se fará nova certificação. Chegam também os técnicos porque se cumpriu o horário marcado. Com as minhas orelhas caídas, explico que a solução vem a caminho, não tardará (como duvido).
Condescendentes, os homens prometem esperar, um pouco.
Alivio a minha alma ao ver surgir, a tempo, o socorro prometido. Nem mesmo assim desarmam. Avisam que continuarão à espera até que as condições estejam como desejam.
Chuvisca e anoitece. Cá dentro de mim, uma explosão de fúria mal contida vai-se desvanecendo, receosa de ver "fugir o pássaro" que tenho na mão. O tal da maquineta entra sem ser chamado, pede que enfiem o chapéu no cano e faz novas medições. Tremo. Alivio.
Se quiser ficar com gás, ficará s/ exaustor. De outro modo, não.
Aceito. As medições já cumprem a lei. Os trabalhadores da boa vontade completam o serviço no telhado e até limpam o algeroz.
Depois de tanta espera, depois de tanta ansiedade e das queixas por nos sentirmos ultrapassados na vez e no direito ao progresso, ainda tivémos tamanho sufoco!
Sem dúvida que vivemos na Lusitânia.
É necessário ter Amigos.
A saga continuará. Há monstros no Castelo e aqui, em redor. É preciso saber vencê-los!
Conto com o meu Irmão S.O.S.!
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Uma viga de madeira
Trave olímpica, um dos aparelhos usados na ginástica
Uma parte de uma baliza de futebol ou outras modalidades desportivas
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Trave"
Informação Pedagógica
trave (latim trabs, -bis)
1. Peça de madeira, ferro ou betão, usada em construções para transferir ou distribuir o peso ou o esforço das estruturas. = viga
s. f.
2. Peça de madeira, metal ou betão, grossa e comprida, sobre que assentam as peças mais delgadas que sustentam pavimentos ou telhados.
3. Parte da fivela que liga ao arco a charneira e o fuzilhão.
4. Beira Trás-os-M. Membrana sublingual.
trave s. f.
1ª pess. sing. pres. conj. de travar
3ª pess. sing. imp. de travar
3ª pess. sing. pres. conj. de travar
sábado, 2 de janeiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
NASCER
Nasce a semente e temos planta, beleza e ar.
Nasce de sua mãe a criança e, com ela, renasce o Amor a cada instante!
Nasceu um Ano Novo!
Chamam-lhe 2010.
Quero, neste Ano, que renasça a Luz em cada dia, o Verde da Esperança em cada planta, o Amor em cada rosto de criança.
Seja o meu desejo a Trave da nossa própria sobrevivência!
Está na força do nosso querer.
Vamos crer!